2025/04/27

"Repetindo e passando adiante a fala,

potencia-se a falta de solidez. 
[...] 
A falação <o ato de falar> que qualquer um pode sorver <aproveitar> sofregamente <com excessivo desejo> não apenas dispensa a tarefa de um compreender autêntico, como também elabora uma compreensibilidade indiferente da qual nada é excluído.
[...]
O que é sem solo ou fundamento já lhe basta para transformar a abertura em fechamento.
[...]
Este fechamento <definição> é, de novo, potenciado por a falação pretender ter compreendido o referencial da fala com base nessa pretensão de reprimir <definir>, postergar e retardar toda e qualquer questão <pergunta> e discussão.
[...]
A presença <do humano> nunca consegue subtrair-se a essa itnerpretação cotidiana em que ela <a presença> cresce.
[...]
a presença que se mantém na falação cortou suas remissões [...] primordiais, originárias e legítimas com o mundo
[...]
A estranheza da oscilação em que a presença tende para uma crescente falta de solidez permanece encoberta sob a protenção de autoevidência e autocerteza que caracterizam a interpretação mediana <que cotidianamente se tem>"
 
(HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. § 35. A falação)

2025/04/25

"A falta de palavras

não pode ser entendida como falta de interpretação."
 
(HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. § 33. O enunciado como modo derivado da interpretação)
 
Por foco criativo, por um tempo, faltarão aqui minhas palavras e remanescerão as dos grandes filósofos. Independentemente, perseveram suas interpretações.