potencia-se a falta de solidez.
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A falação <o ato de falar> que qualquer um pode sorver <aproveitar> sofregamente <com excessivo desejo> não apenas dispensa a tarefa de um compreender autêntico, como também elabora uma compreensibilidade indiferente da qual nada é excluído.
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O que é sem solo ou fundamento já lhe basta para transformar a abertura em fechamento.
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Este fechamento <definição> é, de novo, potenciado por a falação pretender ter compreendido o referencial da fala com base nessa pretensão de reprimir <definir>, postergar e retardar toda e qualquer questão <pergunta> e discussão.
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A presença <do humano> nunca consegue subtrair-se a essa itnerpretação cotidiana em que ela <a presença> cresce.
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a presença que se mantém na falação cortou suas remissões [...] primordiais, originárias e legítimas com o mundo
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A estranheza da oscilação em que a presença tende para uma crescente falta de solidez permanece encoberta sob a protenção de autoevidência e autocerteza que caracterizam a interpretação mediana <que cotidianamente se tem>"
(HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. § 35. A falação)